Sabe aquela dificuldade em verbalizar o que sente? A dor está ali, mas você desconhece a sua origem, e não sabe explicar o vazio na alma? Ou muitas vezes, reconhece de onde parte, mas não quer tocar novamente no assunto, afinal, é muito doloroso reviver o evento traumático? Então, para casos de sofrimentos emocionais moderados e extremos, uma das técnicas que utilizo para intervenção, é a arte como terapia!
Diferentemente da valorização estética que é direcionado em Arte-Educação, a Arteterapia, têm como pilar fundamental a utilização dos recursos artísticos com finalidades terapêuticas. As cores, texturas, e a pluralidade de materiais torna a sua acessibilidade viável a todas as idades, níveis culturais e sociais, como forma de despertar as próprias potencialidades através da criatividade, além de ser um convite ao autoconhecimento e a ressignificação de eventos traumáticos.
Em arteterapia não existem padrões, certo ou errado, feio ou bonito. Assim como no processo terapêutico não há espaço para julgamentos. Os recursos expressivos são utilizados com a intenção de facilitar a verbalização de emoções, pensamentos e sentimentos, onde para casos de sofrimentos emocionais intensos, é desafiador endereçar as palavras.
As vivências proporcionam um fazer terapêutico ainda mais humanizado, trazendo relaxamento, e alívio às dores (emocionais/psicológicas, e até mesmo físicas).
De acordo com inúmeras contribuições científicas, a arteterapia vem contribuindo com a melhora de quadros de ansiedade, depressão e outros sintomas de ordem psicológica/emocional. Suas contribuições também auxiliam na elaboração dos processos do luto, e tratamento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
De acordo com o Caderno Técnico de Tratamento do Estresse Pós-traumático, em 2017, o Ministério da Saúde incluiu 14 novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) por meio da Portaria n. 849 de 27 de março de 2017. Dentre as técnicas reconhecidas e aplicadas consta a Arteterapia que, utiliza a arte como base do processo terapêutico pela pintura, desenho, sons, música, modelagem, colagem, mímica, tecelagem, expressão corporal, escultura, dentre outras. Pode ser realizada de forma individual ou em grupo – princípio de que o processo criativo é terapêutico e fomentador da qualidade de vida, por meio da arte, a reflexão é estimulada sobre possibilidades de lidar de forma mais harmônica com o estresse e experiências traumáticas, sendo promovida a ressignificação dos conflitos e a reorganização das próprias percepções;
Vale destacar que a Arteterapia vem conquistando cada vez mais adeptos e reconhecimento pelos inúmeros benefícios promovidos para a saúde mental. Sentiu que essa modalidade terapêutica conversa com o que você vem buscando? Entre em contato comigo! Será uma honra acompanhá-la (o) na sua jornada.
Débora Carneiro – Psicóloga e Arteterapeuta Junguiana CRP 06/129175
Referência técnica: Caderno técnico de tratamento do transtorno do estresse pós traumático
caderno-tecnico-de-tratamento-do-transtorno-de-estresse-pos-traumatico-tept.pdf (justica.gov.br)